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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Auto-avaliação UPP- Unidade de Tutoria I


A Trajetória do Welfare State no Brasil.

1. Medeiros, Marcelo. A Trajetória do Welfare State no Brasil. Papel Redistributivo das Políticas Sociais dos Anos 1930 aos Anos 1990, 12/2001, Brasília, p. 01-27. 2. A responsabilidade do Estado sobre o bem-estar da população nos anos de 1930 aos anos de 1990, as políticas criadas em relação à economia e aos trabalhadores envolvidos. Relata a trajetória do Welfare State no Brasil.

 3. Welfare State surgiu após a Revolução Industrial, em países Europeus, visando a democracia. Após o surgimento da divisão social do trabalho, sentiu-se a necessidade da criação de serviços sociais que garantiam a proteção social e econômica do indivíduo afim de manter o equilíbrio na sociedade.
Apesar da semelhança entre o modelo Brasileiro e dos demais países, percebe-se diferenças atribuídas a posição do país no senário econômico mundial. Além da revolução tecnológica e industrial, setores como a economia familiar e agro indústria ainda eram expressivas. Surgia então, a idéia de regular as classes de trabalhadores assalariados dos setores da economia e burocracia. Antes de 1930 as políticas públicas eram realizadas em caráter emergencial, no caso da saúde o governo só se manisfestava quando tratava-se de uma epidemia nacional, por exemplo.
Os interesses dos trabalhadores era realizado de forma privada, organizado por entidades trabalhadoras e a educação era voltada apenas à elite, preparando para o ensino superior. Após este período foram instituídas medidas autoritaristas, que impediam a manifestação das classes trabalhadoras, pois, o governo entendia que fazia-se necessária a ordem e a harmonia em sociedade. A leis trabalhistas foram criadas, o que possibilitou o controle governamental sobre os trabalhadores e a produção industrial. Com a criação da seguridade social e a regulação do trabalho a previdência social tornou-se uma das mais importantes fontes de emprego público no Brasil e apresentava por parte de seus funcionários e representantes resistência em fazer parte de grupos opositores ao governo, pois não concordavam com a progressão dos gastos públicos sociais que afetaria os interesses corporativos.
A centralização do poder no estado, a criação da máquina burocrática e a repressão dos movimentos sociais, criou-se uma característica importante no Estado Social brasileiro. Em 1945 apesar da institucionalização da democracia, não se pode observar muitas mudanças nas políticas sociais, como exemplo a previdência social que permaneceu praticamente intacta. O Regime militar defendia a idéia que só haveria crescimento social se houvesse crescimento econômico, necessitando acumular renda e poder para haver o crescimento. Investiu na educação profissional, para aumentar a produtividade e implantou inúmeras políticas sociais que envolveram a iniciativa privada. Possibilitou o crescimento, porém gerava renda para quem investia no sistema, a distribuição de recursos era feita conforme a contribuição para o governo, ou seja, quem contribuia mais acumulava direitos maiores. Tendo em vista que quem mais tinha necessidades era quem contribuia menos, tivemos o aumento de desigualdade e a ineficácia nos programas do governo para a população.
O início da Nova República, foi marcado pelo retorno dos movimentos sociais e a participação da população nos processos eleitorais, mas, os programas sociais não sofreram avanços, pelo contrário, alguns até foram desativados. Vários fatores foram atribuídos a falta de investimentos sociais, entre eles a crise econômica, falta de apoio político, expectativas no novo modelo de constituição e o uso eleitoreiro dos direitos da população. A reforma de 1988 baseou-se em uma possível divida social, resultante dos regimes anteriores. Foram colocados em debate o seguro desemprego, suplementação alimentar e a reforma agrária, obviamente com o interesse eleitoreiro.
Na década de 1990 com a luta pelos direitos sociais e a centralização do poder no governo, o indivíduo adquiriu de certa forma o poder de decisão sobre a sua vida. As políticas de distribução envolveram e deram mais poder aos municípios possibilitando identificar as necessidades da população conforme sua localização e particularidades econômicas. Foi garantido o direito de universalidade e o acesso gratuito a todos os serviços públicos, não levando em conta o poder aquisitivo do indivíduo. Apesar da implantação de políticas sociais que garantam a igualdade ainda há dificuldades na execução das mesmas em função da economia e a impossibilidade de gerenciamento e fiscalização.
A intenção do Estado social, como já vimos antes, é equilibrar os direitos de cada cidadão. No Brasil pela forte influencia de um regime autoritário, não foi possível identificar a participação da população e de movimentos sindicais trabalhistas na construção dos primeiros programas sociais. Podemos dizer que com a volta da democracia e a criação da CLT, adquirimos direitos ainda não existentes. A reforma de 1988 também nos garante acesso aos serviços públicos e garante acesso a educação e serviços de saúde, mas, contudo é importante dizer que ainda estamos caminhando para criar um modelo ideal de Estado Social, que realmente visa o bem-estar geral da população.

Nota Avaliação final UPP- Unidade de Pesquisa em Saúde e Bioestatística I


Roteiro do teatro para Promoção em Saúde

Gostaria de publicar o vídeo, mas, devido a problemas técnicos não foi possível. De qualquer forma fica aí o registro...
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL BACHARELADO EM SAÚDE COLETIVA UPP – UNIDADE DE PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO DA SAÚDE PROFESSORA: DORA LÚCIA DE OLIVEIRA Integrantes: Francyne da Silva Silva – 231117 Guilherme Lemos Batista – 228301 Lidia Rosita Matthes Ost – 229465 Luana Sant’Anna Martins – 172390 Maurício Tiaraju Miranda Martins - 228209
TEATRO: “USO DO PRESERVATIVO NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS”
Personagens: Médico: Doutor Sabe Tudo (Guilherme) Enfermeira: Limpinha (Luana) Farmacêutica: Medicamentosa (Lídia) Usuária: Submissa da Conceição (Francyne) Companheiro da usuária: Espertalhão (Maurício)
ENTRADA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: A usuária vai à UBS e é atendida primeiramente por uma enfermeira que verifica qual a sua necessidade e a encaminha para o médico ginecologista.
Enfermeira: − Boa tarde, posso ajudar-lhe?
Usuária: − Oi, boa tarde... Eu acho que preciso de uma consultinha com um gineco, tem ficha ainda, “doutora”? Enfermeira: − Tem, alias…espere um minuto que verei se o médico não está no intervalo.
A enfermeira verifica se o médico encontra-se e logo encaminha a usuária à consulta.
Médico: − Enfermeira Limpinha,pode passar a próxima aqui.
NA SALA DO MÉDICO: Médico: − Sou o doutor Sabe Tudo, boa tarde! Senhora Submissa da Conceição, é isso mesmo?! Qual o seu problema? Sente-se.
Usuária: − Doutor, esses dias eu “tava” tomando um mate e conversando com a minha vizinha sobre uns remédios que ela anda tomando pra não embuchar e que aqui no postinho da vila tem de graça... Queria saber como funciona essas coisas aí, “to” querendo usar.
Médico: − Primeiro: isso não é remédio, chama-se pílula anticoncepcional e digo-lhe mais: essa pílula não vai prevenir doença nenhuma! Quantos anos a senhora têm? Usuária: − 22 anos, doutor. Médico: − A senhora tem um parceiro fixo?
Usuária: − Sim doutor, sou ajuntada com o Espertalhão. Médico: − A senhora tem filhos? Usuária: − Tenho quatro filhos: a Manuelly Mikaelly de seis anos, a Andrielly Marcelly de cinco anos, o Edmilson Lenilson de quatro anos e o Juan Riquelme, que é o mais moço, completou nove “mês” na semana passada.
Médico: − Hum, e a senhora planejou esses filhos ou foi por um descuido? Como foi?
Usuária: − Doutor, a primeira filha, a mais velha, ela foi planejada porque o Oportunista que me abandonou grávida, mas ele queria ter um filho que fosse parecido comigo, aí eu fiz, “né”. Os outros são “tudo” do Espertalhão, homem da minha vida, que não gosta de usar camisinha, doutor, ele me proíbe e diz que se eu ficar desconfiando dele vai embora e me deixar sozinha com as crianças.
Médico: − Pois é. A senhora é responsável por manter a sua saúde, és uma moça ainda, apesar de tantos filhos e, nesse momento, tem que usar um método contraceptivo que, além de evitar a gravidez, vai prevenir doenças sexualmente transmissíveis. Nós forneceremos preservativos gratuitamente e não haverá desculpas para não se proteger e nem pense em voltar aqui grávida, já tem muitos filhos.
Usuária: − Mas doutor, eu não posso usar camisinha, o Espertalhão não quer de jeito nenhum, disse que vai embora e eu não posso ficar sem o pão e o leite das crianças, doutor, eu não posso!!
Médico: − Vou repetir: “a senhora é a responsável por sua saúde”. Não interessa se o seu marido quer se prevenir ou não, a responsabilidade é sua e eu estudei para estar aqui, portanto, sei exatamente o que é melhor para a sua saúde e se a senhora não fizer isso, vais contrair alguma doença e a culpa será sua! Vou encaminhar agora mesmo para a farmacêutica do posto e a senhora receberá os preservativos.
NA FARMÁCIA DA UNIDADE: Médico: − Boa tarde, Medicamentosa. Preciso que forneças preservativos para a senhora Submissa e ela terá a permissão de retirá-los mensalmente para se prevenir. Farmacêutica: − Ok doutor Sabe Tudo, aqui estão os preservativos. Senhora Submissa, estaremos à sua disposição para a entrega dos preservativos, até logo, boa tarde!
Médico: − Então senhora Submissa, problema resolvido, até logo!
NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: Os profissionais encontram-se na unidade e comentam sobre o caso de Submissa e outros casos semelhantes.
Médico: − Imagina, vinte anos e cheia de filhos, não adianta passar informações para essas pessoas, daqui uns dias elas voltam aqui tudo “podre”, com mais filhos e completamente doentes.
Enfermeira: − Pois é, mal sabe por onde anda o marido, com quem ele sai, pior de tudo é que a gente fala, avisa, mostra a forma certa de agir e essa gente ainda quer ter razão, vê se eu posso com isso! Farmacêutica: − Situação complicada, se essa mulher aparecer aqui no começo do ano que vem, já será um grande passo! Não adianta mesmo, os remédios, os métodos e os atendimentos são gratuitos e elas não sabem aproveitar, credo!
 NA CASA DA USUÁRIA: Marido: − Oh mulher, te apronta que hoje vai ter, “to” com vontade!!
Usuária: − “Bah” Espertalhão, falando nisso, hoje fui ao postinho e o médico me deu estas camisinhas aqui, disse pra eu usar pra me prevenir das doenças sexualmente transmissíveis.
Marido: − Que camisinha o que, mulher! Já te disse uma vez: se continuar desconfiando de mim e com essa loucura de camisinha, eu me vou embora, te deixo sozinha e arrumo outra na esquina que faça do meu jeito e vamos para o quarto logo que eu já “to” perdendo a paciência!
 RETORNANDO À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: Enfermeira: − Bom dia senhora, no que posso lhe ajudar?
Usuária: − Oi enfermeira, gostaria de uma ficha para consultar com o doutor Sabe tudo.
Enfermeira: − Passe aqui que vou lhe encaminhar para a consulta.
 CONSULTA COM O MÉDICO: Médico: − Submissa! Boa tarde. E o que me conta? Veio contar-me do sucesso dos preservativos?
Usuária: − Não doutor, que sucesso o que, o homem não quis saber das camisinhas e... Tenho uma coisa pra perguntar pro senhor: ando com coceiras fortes nas minhas partes íntimas e um corrimento também, é normal?
Médico: − Há quanto tempo a senhora anda com estas irritações e corrimentos? Mais algum sintoma além desses? Tem tido febre?
Usuária: − Ah doutor, acho que há mais ou menos uns dois ou três meses... Não lembro bem. Sim doutor, muita febre e dores de cabeça horríveis, não sei o que faço! Preciso de algum remédio.
Médico: − Três meses com irritações nas partes íntimas e febre, realmente, não é algo normal e muito menos natural. A senhora lembra quando eu a orientei sobre o uso dos preservativos? E sobre as doenças? Lembra?! USOU? – Submissa responde que não- Não lhe dou certeza, mas a senhora pode estar com alguma DST e por isso, lhe encaminharei para uma série de exames. Traga-os assim que o resultado sair. Até mais.
 ENTREGA DOS EXAMES: Usuária: − Enfermeira, preciso entregar urgentemente esses exames para o doutor Sabe Tudo.
Enfermeira: − Só entregar? Ok venha aqui. Na sala do médico a usuária entrega a pasta com o resultado dos exames realizados...
Usuária: − Doutor, aqui estão os exames.
Médico: − Deixa-me dar uma conferida. Sente-se. É, senhora Submissa, complicado o seu exame. Eu lhe avisei sobre os riscos, seu diagnóstico afirma que a senhora contraiu sífilis.

 RELATOS: Marido: − Me chamo Espertalhão e sou companheiro da Submissa. Fui infiel a ela, tive relações com outras mulheres, contraí uma doença sexualmente transmissível e acabei a infectando também. Usuária: − Me chamo Submissa da Conceição e nunca tive relações fora do compromisso com o meu companheiro. Ele foi infiel a mim e me transmitiu uma doença, mas a culpada sou eu, o Doutor Sabe tudo havia me dito para me prevenir e usar as camisinhas, ele “tava” certo, agora já não importa, a culpa é minha. Médico: − Me chamo Doutor Sabe tudo e sou o médico que orientou a Submissa a usar os preservativos como meio de prevenção às DST e gravidez. Eu sabia o que era melhor para a saúde dela, a orientei e a ajudei, fiz o meu trabalho, ela não ouviu e a culpa é somente dela.
Inclusão Social
Inclusão Racial
Inclusão de portadores de necessidades especiais no Mercado de trabalho
ESCOLAS "NORMAIS"

DIREITO DE TODOS DEVER DE TODOS!



Normal

Normal é tudo o que está de acordo com os padrões estipulados por uma cultura. Quando trata-se de Saúde, a normalidade é medida ou imposta pelos profissionais da área, na maioria das vezes sem que haja a  análise do contexto geral em que encontra-se o indivíduo e baseando-se apenas no conhecimento  científico.
A barreira criada entre o popular e o científico cria um distanciamento entre profissionais e usuários impedindo que aconteçam trocas que podem ser importantes para quebras de paradigmas sociais e construção de novos conceitos e técnicas.



Visita Penitenciária Estadual do Jacuí - Charqueadas / Atividade realizada em Outubro/2013

Alunos do primeiro semestre da Saúde Coletiva-UFRGS realizaram visita à Penitenciária Estadual do Jacuí, com a intenção de observar o modo de vida dentro de um presídio. Apesar de não termos tido contato direto com os detentos foi possível uma percepção dos fatores que os levaram à pena, através dos dados apresentados gentilmente pela Brigada Militar (atual responsável pela PEJ).
A organização social também existe dentro de uma penitenciária, hierarquização entre os presos, separação de espaços conforme religião, orientação sexual e tipo de crime praticado antes da pena. O espaço físico é caótico, não se vive de forma humanizada e enquanto cidadãos nos perguntamos se é justo um ser-humano viver em condições precárias, ao mesmo tempo somos obrigados a nos colocar diante da situação perigosa em que fomos expostos decorrente dos atos criminosos praticados por estes indivíduos. 
Foi uma atividade muito enriquecedora, possibilitou uma análise social bem importante e fomos em tempo, antes do fechamento da penitenciária, que está com os dias contados conforme matéria do ZH

Entrada pelo Rio Jacuí, segundo história os detentos entravam por este caminho (por água), além de criminosos a penitenciária também foi utilizada como abrigo para internos do Hospital São Pedro (superlotado na época), igualar doentes mentais a pessoas contra a lei foi uma prática histórica comum antes da reforma psiquiátrica.

Fachada da PEJ

Alunos com os profissionais da BM.
Vida normal na vizinhança do complexo, casas familiares, pessoas circulando.




sábado, 21 de setembro de 2013

Abrindo os trabalhos no meu PORTFÓLIO, registrarei aqui momentos e conhecimentos adquiridos na graduação.
Saúde Coletiva é uma formação inovadora na graduação, veio para planejar e revolucionar a Saúde. SANITARISTA  é aquele profissional que vê a saúde de todos os ângulos, precisa ter uma visão além do corpo, afinal não somos "máquinas".

Aos professores, colegas e à todas as pessoas que ainda não conhecem a profissão Sanitarista, apresento um pouco da minha vida acadêmica.